Postagem original, em 26.08.2013
Onde está...?
Onde se encontra o que lhe incomoda.
Estará nas atitudes de “um outro”,
em algum fato/fator no externo?...
Onde será que que ele, incomodo, está e reside?...
Dizer que não há a tentativa externa, da sombra,
de nos desestabilizar,
de nos colocar/manter em sua
vibração,
afastados e apartados da consciência eterna;
seria negar ou ignorar a todos os ensinamentos
e orientações que nos foram dadas.
Seria não reconhecer onde, em qual dimensão estamos
e desconsiderar o processo na/da Mãe Terra.
Mas, pode a sombra penetrar/ofuscar a LUZ?
Não!... a sombra só se desenvolve aonde já exista.
Ela não tem a capacidade e condição
de penetrar ou ofuscar a LUZ...
Então, o externo apenas salienta/demonstra
o já existente em nós
(desequilíbrio, incompreensões, carências...),
nos fazendo assim reagir,
muitas das vezes pelo “espelho”/reflexo;
por revelar,
ainda que sem o entendimento,
a desarmonia em nossos corpos, personalidade,
alma e ego...
Por a sombra não poder penetrar na LUZ,
nas tentativas que ocorrerem por pura pretensão e ignorância,
a LUZ atuando dentro da Lei da Criação da ação e reação,
efetuará o que for necessário na situação,
sem porém sentir algum incomodo.
Ela apenas irá refutar o indevido,
atuando pela Ordem Divina, Sua Vontade e LUZ,
sem a sintonia no emitido.
Assim, procure reconhecer ou conhecer o incomodo
como uma chance de “limpar”/transmutar em si a desarmonia.
Pois este entendimento e determinação
para não sintonizar-se no externo e em sua proposta,
somente pode ser seu.
ArqueiroHur
Onde a luz
está, a escuridão não está
O conflito no
qual vivemos
não é uma
disputa entre o bem e o mal,
entre o ego e
o não-ego.
A disputa
está em nossa própria dualidade autogerada,
entre nossos
vários desejos autoprotetores.
Não pode
haver um conflito entre luz e escuridão;
onde está a
luz, a escuridão não está.
Enquanto
existir o medo, o conflito deve continuar
embora esse
medo possa se disfarçar sob diferentes nomes.
E como o medo
não pode se libertar através de nenhum meio,
pois todos os
seus esforços emanam de sua própria fonte,
deve haver a
cessação de todas as defesas intelectuais.
Essa cessação
chega espontaneamente
quando a
mente revela para si seu próprio processo.
Isto acontece
apenas quando há consciência integral,
que não é
resultado de disciplina,
ou de um
sistema moral ou econômico, ou de coação.
Cada um tem
que estar cônscio do processo da ignorância,
as ilusões
que a pessoa criou.
O intelecto
não pode guiá-lo para fora deste presente caos, confusão e sofrimento.
A razão deve
se esgotar, não por retirada,
mas pela
compreensão integral e amor da vida.
Quando a
razão não tem mais a capacidade de protegê-lo através de explicações, fugas,
conclusões lógicas,
então, quando
há completa vulnerabilidade, total nudez de seu próprio ser,
há a chama do
amor.
Só a verdade
pode libertar cada um do sofrimento e confusão da ignorância.
A verdade não
é o fim da experiência, é a própria vida.
Não é do
amanhã, não está no tempo.
Não é um
resultado, uma aquisição,
mas a
cessação do medo, querer.
-J. Krishnamurti,Collected
Works Volume 3, Ommen 8th Public Talk 10th August, 1937-