Postagem original, em 11.01.2014
A derradeira
escolha
A derradeira e definitiva escolha se dá
quando deixamos de travar a batalha
entre:
os nossos desejos, vontades e querer
e a Vontade Divina.
Largando a fantasia,
se afastando da ilusão do controle
e assumindo a consciência do TODO,
tendo a responsabilidade sobre os passos.
Definindo assim o nosso rumo/destino do caminhar.
Enquanto nos mantivermos na ilusão, na separação,
ficaremos na sintonia das escolhas, do livre-arbítrio,
oscilando e variando de vibração.
... A ‘espera pelos acontecimentos do Universo’
(por onde muitos estão seguindo),
confiando nas “falas mansas” e facilidades apregoadas,
com a “fé cega” sem consciência e responsabilidades
pelo caminhar
(ressaltadas por Maria em “O Julgamento”);
determina a escolha efetuada e não assumida,
que se tenta camuflar pela ‘fala e postura’.
“... Em todo
homem
há alguma coisa profundamente interior
que está
tentando expandir-se
e brilhar em todo seu esplendor.
Se a pergunta
é respondida no nível superficial,
essa expansão
não será auxiliada.
É demasiado
fácil dar as respostas esperadas.
As pessoas às
vezes dizem:
“eu quero
servir a humanidade”.
É muito fácil
dizer isto em palavras e até mesmo pensar;
tanto a
palavra como o pensamento são superficiais.
É a resposta
pronta, a coisa certa a dizer,
que se segue
à pergunta,
devido a um
certo condicionamento Teosófico*
que o
apresenta como desejável.
Porque é
coisa aceita acreditar que a Luz e a Verdade
são mais
importantes do que meras coisas mundanas,
a resposta
aprovada é rapidamente produzida
a partir de
uma camada superficial da mente.
É fácil dar
essas respostas rápidas e fáceis,
mas a
resposta que vem de uma parte superficial de nós mesmos não é
suficiente.
Nós devemos,
na verdade,
pôr de lado
as respostas que vêm da língua e da mente
e buscar por
outras no coração...
... Aqueles
que não estão afinados com as forças
que auxiliam
a marcha progressiva da humanidade
não podem
fazer um trabalho de valor,
embora possam
estar infinitamente ativos.
Somente
aqueles que estão afinados
saberão
infalivelmente qual a coisa certa a fazer.
A reta ação
pode vir somente através do reto sentimento,
não do
pensamento apenas,
pois ela não
é o simples fazer uma tarefa particular
– dar uma
palestra ou escrever um livro –
mas está relacionada
com cada detalhe de nossa vida diária.
Por exemplo,
há um reto modo de falar com outra pessoa
e também de
pensar sobre ela.
Na verdade,
há um reto modo de encarar cada evento que
confrontamos
em nosso viver diário.
Como podemos
fazer isto sem um reto sentimento?
O homem
perfeito**
possui o reto sentimento um grau supremo
porque ele é
uno com a vida;
nele, não há
um eu pessoal.
E é a partir
deste estado de unidade que ele atua.
Mas a pessoa
menos evoluída não pode agir retamente
porque ela está isolada em sua egoidade...
... Um Teósofo*** deve examinar a si mesmo
para ver o
quanto ele se apartou dos outros interiormente,
se sua
atividade mental o enclausurou no auto-interesse.
Muito
freqüentemente ele pensa:
“eu quero
trabalhar pela verdade”
ou “estou
fazendo progresso no conhecimento teosófico”.
Isto é
meramente uma noção auto-consciente
que apressa o
processo de isolamento.
É igualmente
fácil tomar por engano
um sentimento
de emocionalismo
como sendo a
resposta do coração.
Mas isto não
é o que se pretende dizer por “coração”.
Por “coração”
devemos entender Buddhi****
ou a percepção superior...”
- Radha Burnier (The Theosophist, Outubro, 1984)-
Notas do Arqueiro:
*não só teosófico, mas a um condicionamento presente e
vigorando em todo o conceito social, religioso e moral.
**o "homem perfeito" citado, é aquele unificado, que atua com e pelo TODO.
***entender o “teósofo” como aquele que busca a Si, ao
SER, a Evoluir e ao TODO;
aceitando e respeitando as Leis da Criação.
**** SER, Essência,
Eu Superior, Espírito...
Quando efetuamos a
escolha ao caminho do SER,
com a entrega ao reconhecer-se/rever-se,
com a busca
incessante do entendimento/consciência
e Evolução com a
comunhão no TODO;
promovemos a
derradeira escolha,
encerrando os
descaminhos;
pois até mesmo "as eventuais quedas " se revelam,
a partir de então, aprendizado.
ArqueiroHur