penso que há um outro lado que não consideramos...
Quando é necessário, quando algo, alguém ou alguma situação exige, trazemos à tona o que estava guardado.
Muitas vezes, sem muito esforçar,
outras vezes com algum esforço...,
o certo é que recorremos a nossa “caixinha”
e tiramos de lá o que temos ou precisamos tirar, para conferir a algo, alguma situação ou ideia, um significado.
É ela a nossa caixinha de recorrência!
É por conta dela que construímos, reconstruímos
e damos significado a nossas vivências, do passado e no presente.
É por conta dela que esboçamos nosso conhecimento,
que constituímos nosso entendimento,
que nos tornamos seres históricos, etc.
e recorre a ela para se nutrir
(pensamento, raciocínio, reflexão, imaginação...).
Por causa dela inventamos, projetamos, criamos, sonhamos...
Por esse motivo, até ganhamos distância dos demais seres...
Maravilhoso pensar que temos esta capacidade!
Quando falei no início que me pego pensando neste assunto,
é porque me deparo muitas vezes com algo que me intriga e faz refletir.
ao tempo que guarda todas as percepções e impressões que temos durante nossa existência/vida pregressa,
ao tempo em que se agiganta
e nos serve de forma incomensurável,
encobre, oculta e minimiza
o que verdadeiramente nos constitui:
nosso Ser, nosso Espírito?
Não é igualmente curioso o fato desta evidenciar
especialmente nosso lado material
(incluindo aí todos os aspectos da materialidade).?
pelas percepções e impressões advindas deste mundo
(palpável, material).
Antes de sermos seres materiais, somos seres espirituais
e continuaremos a sê-lo, quando daqui partir...!
podemos nos dar conta de que nossas lembranças,
aprendizados, pensamentos, ideias, etc.
(que nos advém pela recorrência à memória)
suprimem nossa condição de ser espiritual
e evidenciam nossa condição de ser material...
Daí o fato de nos voltarmos mais para este lado.
que o lado material cessa quando daqui partimos.
E o que fica em seu lugar?
Para onde vão as vivências todas
e tudo aquilo que a memória guardou?
Vira pó?