Postagem original, em 20.03.2014
O que
aconteceria se...? Talvez...
O que aconteceria se você deixasse de atuar pelo “formato do ter”,
que seja:
um amor, um amigo,
uma posição social (reconhecimento, bens, status...),
um “grupo afim” (companhia),
a retribuição pelos atos “caridosos, de bondade”,
o atendimento/realização das sua vontades/"sonhos"...?
Talvez você viesse a encontrar um pouco de serenidade
e poderia assim observar ao seu redor/TODO
(pela falta da ansiedade deste "ter"),
atuando com ou sobre as situações;
e quem sabe,
perceber o quanto vários outros "são menos afortunados" do que
você,
reconhecendo o que a Criação lhe oferta à cada instante
para o seu crescimento.
E é "um talvez" sim!... Pois enquanto seus atos não forem
geridos e gerados pela consciência,
haverá sempre a possibilidade da negação ou das recaídas.
ArqueiroHur
Chegue a isto de mãos vazias
A compaixão não é difícil de
chegar quando o coração não está cheio com as coisas astuciosas da mente.
É a mente com suas exigências e
medos,
seus apegos e negações, suas determinações e impulsos,
que destrói o amor.
E como é difícil ser simples em
relação a tudo isto!
Você não precisa de filosofias e
doutrinas para ser gentil e amável.
O eficiente e poderoso da terra
vai dispor para alimentar e vestir as pessoas, provê-las com abrigo e
assistência médica.
Isto é inevitável com o rápido
aumento da produção;
é função dos governos bem
organizados e da sociedade equilibrada.
Mas organização não confere
generosidade ao coração e à mão.
A generosidade vem de uma fonte
totalmente diferente,
uma fonte além de toda medida.
A ambição e a inveja a destroem
tão certo quanto o fogo queima.
Esta fonte deve ser tocada,
mas deve-se chegar nela com as
mãos vazias, sem orações,
sem sacrifícios.
Os livros não podem ensinar,
nem
nenhum guru pode levar a ela, esta fonte.
Ela não pode ser alcançada
através do cultivo da virtude,
embora a virtude seja necessária,
nem através de capacidade e obediência.
Quando a mente está serena, sem
nenhum movimento,
ela está ali.
A serenidade é sem motivo, sem a
urgência por mais.
-J. Krishnamurti, The Book of Life-
http://www.jkrishnamurti.org/pt/krishnamurti-teachings/view-daily-quote/20140318.php