Postagem original, em 01.03.2014
Considerações
sobre o caminho do Amor - I,
o reconhecimento
Como podemos pretender nos dirigir a algum
lugar/destino,
se nem ao menos sabemos em que direção ele está,
sem saber se é “ao norte ou ao sul” que devo me direcionar;
considerando-me, pela soberba ou porque
assim foi dito,
já no caminho devido?
“... Se desejais
“Ascensão”, buscai, em primeira instância,
“não amar” a
vossa própria ilusão de que “Amais”!...”
-Mestra Nada-
Não conhecemos
o amor
Nosso problema é, não é,
que nossas vidas são vazias, e não conhecemos o amor;
conhecemos sensações, conhecemos publicidade,
conhecemos demandas sexuais,
mas não existe amor.
E como este vazio vai ser transformado,
como a pessoa vai encontrar essa chama sem fumaça?
Certamente, essa é a questão, não é?
-J. Krishnamurti, On love and loneliness, First Talk in Bombay 1950-
Sim!..., é necessário, antes de darmos (ou continuarmos
a dar)
passos a esmo,
que reconheçamos nossa localização/estado para
produzirmos nossos esforços (passos) no rumo
devido.
“O que queremos dizer com amor?
Amor é o irreconhecível.
Ele só pode ser percebido quando
o conhecido é compreendido e transcendido.
Só quando a mente está livre do
conhecido,
só então haverá amor.
Assim, devemos abordar o amor
negativamente,
não positivamente.
O que é amor para a maioria de
nós?
Conosco, quando amamos, existe
possessividade, dominação ou subserviência.
Dessa possessividade vem o ciúme
e o medo da perda,
e legalizamos este instinto
possessivo.
Da possessividade vem o ciúme e
os inumeráveis conflitos com que cada um está familiarizado.
Possessividade, então, não é
amor.
Nem é amor sentimental.
Ser sentimental, ser emocional,
exclui o amor.
Sensibilidade e emoções são
meramente sensações.
Só o amor pode transformar a
insanidade, a confusão
e a disputa.
Nenhum sistema, nenhuma teoria de certo ou
errado pode conferir paz e felicidade ao homem.
Onde existe amor, não existe
possessividade nem inveja;
existe misericórdia e compaixão,
não em teoria,
mas de fato por sua esposa e por
seus filhos,
por seu vizinho e por seu empregado...
Só o amor pode gerar misericórdia
e beleza, ordem e paz.
Existe amor com sua benção quando
“você” deixa de existir.”
http://www.jkrishnamurti.org/pt/krishnamurti-teachings/view-daily-quote/20130423.php?t=Love
“... “Amar”
não é palavra fugaz,
que exprima a
face romântica de vossas concepções infantis!
Não deveis
amar a “Mentira”! Amai a “Verdade”!...
... Deveis
amar o “ensinamento puro” das hostes magníficas de seres empenhados na evolução
dos seres humanos,
mas não
deveis amar a retumbância linguística de pseudo-revelações
que provêm de
mentes espirituais enfermiças,
os tão
apregoados “falsos profetas”,
escarnecendo
os possíveis ingênuos canais humanos e seus prosélitos fanatizados!...
... Amar os
“seres humanos,
com ou sem os seus corpos físicos”,
é uma lei a
ser cumprida,
mas amar os
frutos daninhos que milhares deles podem disseminar, para nutrir almas
submissas a inverídicos argumentos,
não é função
de verdadeiros semeadores da luz na Terra...
... Deveis
amar a “ocupação sadia” da mente naquilo que a preenche de dados sobre como
expandir a própria consciência,
mas não
podeis amar os conteúdos que subestimam a vossa capacidade de discernir entre o
que é útil e o que é frivolidade espiritual!
Não vos
deixeis hipnotizar pela onda intrépida da idolatria de retóricas
insipientes!...
... Amar
aquilo que “acrescenta”,
amar a obra
de instrução espiritual dos seres humanos
e seu
necessário despertamento espiritual,
é doação
virtuosa!
No entanto,
amar o ensinamento que confunde,
que se
sobrepuja à capacidade que tendes de avaliação e racionalização,
é construção
irresponsável de teorias muitas vezes utópicas,
sem
confirmação da Ciência Divina!
Deveis amar o
“estímulo ao crescimento interior”,
mas nunca o
desrespeito às vossas inteligências em expansão!...”
-Mestra Nada-
"O que o amor não é"
"Se você descobre que o jardim que cultivou tão
cuidadosamente produziu apenas ervas venenosas,
tem que arrancá-las pela raiz;
tem que derrubar as paredes que as abrigaram.
Você pode ou não fazê-lo, pois tem extensos jardins, bem
cercados e bem guardados.
Você fará isso só quando não houver comércio,
mas deve ser feito, pois morrer rico é ter vivido em vão.
Mas além de tudo isto,
deve haver a chama que limpa a mente e o coração,
tornando todas as coisas novas.
Essa chama não é da mente, não é coisa para ser cultivada.
A demonstração de benevolência pode fazer brilhar,
mas não é a chama;
a atividade chamada serviço, embora benéfica e necessária,
não é amor;
a tolerância praticada e disciplinada,
a compaixão cultivada da igreja e do templo,
o discurso moderado, as maneiras suaves,
a adoração do salvador, da imagem, do ideal
– nada disto é amor.”
-J. Krishnamurti,
Commentaries on Living Series I Chapter 59 How am I to Love?-
http://www.jkrishnamurti.org/pt/krishnamurti-teachings/view-daily-quote/20120303.php?t=Love
Amar é reconhecer e aceitar o caminho evolutivo ofertado pela
Criação ao TODO e a TODOS
e nele se lançar,
discernindo e rompendo com o ilusório, com o controle/egoísmo
e ignorância.
A "apresentação" do caminho sempre se fez presente pelo Universo Evolutivo/Criação
à todos os que por aqui, nesta dimensão na Terra,
encarnaram, aportaram ou passaram;
ofertando a oportunidade do seu trilhar a quem a ele reconheceu.
ArqueiroHur