Postagem original, em 09.03.2014
Considerações
sobre o caminho do Amor –IV,
a liberdade do
caminhar.
Como podemos pretender nos dirigir a algum lugar/destino,
se nem ao menos sabemos em que direção ele está,
sem saber se é “ao norte ou ao sul” que devo me
direcionar,
considerando-me, pela soberba ou porque assim foi dito,
já no caminho devido?
“... Se
desejais “Ascensão”, buscai, em primeira instância,
“não amar” a
vossa própria ilusão de que “Amais”!...”
-Mestra Nada-
Não conhecemos
o amor
Nosso problema é, não é,
que nossas vidas são vazias, e não conhecemos o amor;
conhecemos sensações, conhecemos publicidade,
conhecemos demandas sexuais,
mas não existe amor.
E como este vazio vai ser transformado,
como a pessoa vai encontrar essa chama sem fumaça?
Certamente, essa é a questão, não é?
-J. Krishnamurti, On
love and loneliness, First Talk in Bombay 1950-
Sim!..., é necessário,
antes de darmos (ou continuarmos a dar) passos a esmo,
que reconheçamos nossa localização/estado para
produzirmos nossos esforços (passos), no rumo devido.
Amar é ser
casto
Este problema do sexo não é simples
e não pode ser resolvido em seu próprio nível.
Tentar resolvê-lo apenas biologicamente é absurdo;
e abordá-lo através da religião
ou tentar resolvê-lo como se fosse uma simples questão de
ajustamento físico, de ação glandular,
ou restringi-lo com tabus e condenações,
é muito imaturo, infantil, e estúpido.
Isto requer inteligência da mais alta ordem.
Compreender a nós mesmos em nossa relação com o outro
requer inteligência muito mais aguda e sutil
do que compreender
a natureza.
Mas buscamos compreender sem inteligência;
queremos ação imediata, solução imediata,
e o problema se torna mais e mais importante...
Amor não é mero pensamento;
pensamentos são apenas a ação externa do cérebro.
O amor é muito mais profundo,
e a profundidade da vida só
pode ser descoberta no amor.
Sem amor, a vida não tem significação,
e essa é a parte triste de nossa existência.
Nós envelhecemos enquanto ainda imaturos;
nossos corpos ficam velhos, gordos, feios,
e nós permanecemos descuidados.
Embora lendo e falando sobre isto,
nós nunca conhecemos o
perfume da vida.
Simplesmente ler e verbalizar indica uma total falta de
calor no coração que enriquece a vida;
e sem essa qualidade do amor, faça o que fizer, junte-se a
qualquer sociedade, faça qualquer lei,
você não resolverá este problema.
Amar é ser casto.
Simples intelecto não é castidade.
O homem que tenta ser casto no pensamento é impuro porque
não tem amor.
Só o homem que ama é casto, puro, incorruptível.
-J. Krishnamurti, The
Book of Life-
http://www.jkrishnamurti.org/pt/krishnamurti-teachings/view-daily-quote/20130429.php?t=Love
O amor nada
pode fazer, mas sem ele nada pode ser feito
O amor não é sofrimento nem é feito de ciúmes,
mas ele é perigoso porque destrói.
Ele destrói tudo que o homem construiu em torno de si mesmo,
exceto tijolos.
Ele não pode construir templos nem reformar a sociedade
apodrecida;
ele nada pode fazer,
mas sem ele nada pode ser feito,
faça o que você fizer.
Todo computador e automação pode alterar a forma das coisas
e conceder lazer ao homem,
o que se tornará outro problema quando já existem tantos
problemas.
O amor não tem problema
e é por isso que ele é tão destrutivo e perigoso.
O homem vive de problemas,
aquelas coisas não resolvidas e contínuas;
sem elas, ele não saberia o que fazer;
ficaria perdido e na perda nada ganha.
Assim, os problemas se multiplicam indefinidamente;
na resolução de um há outro,
mas a morte, naturalmente, é destruição;
isto não é amor.
Morte é velhice, doença e os problemas que nenhum computador
pode resolver.
Não é a destruição que o amor traz;
não é a morte que o amor traz.
São as cinzas de uma fogueira que foi cuidadosamente
construída
e é o ruído das máquinas automáticas que continuam
trabalhando sem interrupção.
Amor, morte, criação são inseparáveis;
você não pode ter um e negar os outros;
você não pode comprar isto no mercado ou em nenhuma igreja;
estes são os últimos lugares em que os encontraria.
-J. Krishnamurti Krishnamurtis Notebook-
“... “Ascensão”
é consequência natural de preparo ininterrupto do ser,
após
transpostos testes e desafios de caráter, de índole,
de bom senso,
de prudência, de sabedoria, de altruísmo,
de racionalidade,
de pureza, de compaixão, de solidariedade
e de
concretizações do “Amor Sublime”!
Deveis amar o
que é “Triunfo”, o que é “Vitória”,
mas nunca
amar o que é o bastão ilusório de corrida vencida a custa de esforços de
outros,
carregando a
vossa alma, como trampolins para vossa pretensa superioridade!
“Raio Rubi de
Amor” é raio divino que expressa “Vida”, “Luta”,
“Vigor”,
“Movimento”, “Presença Atuante na vida dos seres terráqueos”!
Longe da
realidade,
imaginardes
que somos expressão de um amor pálido e inoperante,
frágil e sem
penetração real na Terra!...
... Não
deveis amar o brilho tosco, ainda, de muitas de vossas almas em escalada de
purificação!
Amai, sim,
o empenho em
continuardes vossas “conquistas perenes” da alma,
que só são
visíveis aos olhos Divinos,
nunca aos
ingênuos olhos de vós mesmos,
que vos fazem
verdes a vós mesmos como seres prontos para o reino da luz,
antes que
realmente sejais os “expoentes do Amor” que devereis ser,
para
atravessardes os portais dimensionais de volta ao Lar Cósmico!
“Amor”! Único
portal de Verdadeira Ascensão!!!
Ainda é tempo
!!!
Amai !!!
Conclamamo-vos
a este despertamento,
antes de tudo o mais,
tudo o mais
que são apenas acessórios diante da verdadeira vestimenta de luz que
identificará os que poderão adentrar os “Pórticos Celestiais”:
a “Túnica
Nupcial” de Pureza e Amor Divino de quem realmente deseja se casar eternamente
com sua verdadeira e perfeita essência estelar!!
Ficai com a
Verdade!! Não vos afasteis dela!!!”
-Mestra Nada-
Enquanto não me reconhecer e assumir que
há uma enorme dicotomia/separação/discordância entre
a minha fala, o meu achar, o que penso, o que foi dito;
sem observar as contradições dos meus atos e crenças
e o caminhar evolutivo,
ficarei a “rodar” num labirinto de círculos que se
encerra em si,
em seus próprios conceitos e presunções.
Supondo dentro dele caminhar,
sem perceber as repetições do caminho.
Sem viver o AMOR que é a LUZ,
e que brota da consciência e da verdade praticada.
Não se pode viver o AMOR considerando-o
pelos pensamentos e conceitos e vontades.
Com conjecturas e regras de "bom ou ruim".
Ela não se conceitua!... Não se racionaliza;
e os nossos conceitos não conseguem alcança-lo.
Ele é o SENTIR e o atuar sem o controle disto ou daquilo.
Ele é o se permitir a liberdade do caminhar,
que carrega em si a vibração e o entendimento
da Consciência, Poder e Vontade Divina.
ArqueiroHur