Postagem original, em 29.11.2014
A presunção da ‘superioridade’
... Certa feita, uma pessoa que estava “recuperando” a
condição da clarividência, onde se pode enxergar a energia (corpos e etc.), me
relatou que percebeu um Ser, com uma luminosidade translucida e intensa, parado
próximo da sua cama, observando-a deitada.
Segundo ela, este Ser não esboçou nenhum
movimento ou palavra para ela, apenas estava ali, parado “observando-a”, como se quisesse/necessitasse conhecê-la.
Ela, diante da serenidade e quietude Dele, resolveu se pronunciar a
Ele, dizendo:
“-Pode se aproximar para me conhecer, que eu
permito.”
... Bom, mas não estamos aqui para julgar ou condenar ninguém,
devemos sim, valer-nos dos exemplos para podermos nos enxergar com as mesmas
atitudes e compreendê-las.
Você nunca teve uma conduta semelhante, parecida com esta?...
Não!!!... Nunca se considerou “acima” de um animal, de
uma criança, de um ‘iletrado’?...
Então, o que nos leva/levou a termos esta presunção de
grandeza/superioridade sobre tudo o mais que encontramos/detectamos aqui neste
plano (demais reinos, animal, vegetal, mineral e energético; coirmãos com
diferentes “cores”, nacionalidades, situação social ou econômica ou mesmo idade)
?
–e é claro que esta mesma presunção carrega a “tiracolo”,
como contrapartida, a inferioridade,
que muitas das vezes se disfarça com a imposição
da grandeza como “defesa”, mas
este é outro aspecto.
O que será?...
Será inocência ou o desconhecimento sobre si mesmo, como
energia e SER?...
Será o conceito sobre a “inteligência humana” ser suprema
e única aqui?...
Será a religiosidade que fincou sermos “imagem e semelhança”?...
Em cada um de nós está cravada a origem, que pode ser
algumas destas citadas ou todas elas, como também outras mais... E isto, é o
que devemos perceber/SENTIR para atuarmos no bloqueio que ele gera, determina.
Devemos perceber a nossa
cegueira, para deixarmos de considerar os outros como tal.
Sim!... Por estarmos “cegos” com relação a nós mesmos, consideramos
que todos os outros, não importando sua origem/reino, também o são.
E este é um ledo/grande engano.
Voltando ao exemplo/ilustração citado acima, não era o
Ser que estava “observando-a” para conhecê-la, não!...
Era exatamente o contrário!
O Ser se dispôs ali, em quietude, com o propósito de poder ser reconhecido por ela.
De que, com sua presença, pudesse suscitar nela, o
reconhecimento sobre si próprio como energia e SER diante do todo, de que aflorasse
a humildade necessária para o ‘recebimento de orientação’.
Pois, nenhum Ser que atue/trabalhe pela Evolução, nenhum ‘animal silvestre’, planta ou ‘pedra’/cristal,
se ‘coloca’ para alimentar o ego ou ‘se revela’ para que
seja um instrumento manipulável dele.
E, a postura de "superioridade" tida e mantida, fez com que imperasse a nulidade sobre aquele momento/revelação.
Então, enquanto não houver o reconhecimento da “presunção
de superioridade” e do seu revés, a nossa relação com qualquer reino, se
manterá dentro de um nível vibratório baixo, denso; por mais que ‘pensemos’
assim não o ser.
Não é um outro
(Ser de Luz, animal, vegetal, mineral ou elemental)
que deve/tem de me
reconhecer. Não!...
Até porque ele enxerga tanto ao meu Ser, como reconhece ao meu ego/estado aqui.
Sou eu quem deve reconhecê-lo
como um igual diante da Criação!
Percebendo sua vibração, para que a ela eu me permita ou
não.
ArqueiroHur
Nota: É claro que o medo e a ignorância, entre outros, também são fatores de bloqueio. Porém, aonde há o "propósito/reconhecimento do caminhar" estes fatores "não fecham as portas" com tanta intensidade como a manutenção da arrogância e soberba, que impedem por si só, qualquer tipo de reconhecimento .