Postagem original, em 23.11.2015
Sob o efeito das
influências na alma
Você
já compreendeu, e principalmente aceitou que a cada passagem/encarnação, tanto
o externo (meio/sociedade) como as experiências não compreendidas geram “marcas”;
e que estas “marcas” vão se ‘juntando na alma’ para poderem ser, em algum dia/‘tempo’,
revistas, transmutadas?...
Pois
é...
Você
alguma vez se perguntou o porquê que alguns têm medo de ‘lugares fechados’,
outros de ‘água’, uns tantos de ‘altura’, já vários de ‘ficar sozinho’ e etc., etc.,
etc...,
sem que, no entanto, isto se dê em razão de algum trauma ou vivência
nesta passagem, algo que ele saiba a origem;
simplesmente não tenha explicação para a pessoa esta “reação/medo”,
ela
(ou você mesmo) somente os têm?...
E
então, você conseguiu perceber/entender que muitas “reações/medo”
são
por influência da alma, das incompreensões que nelas estão alojadas?...
Muito
do que hoje ‘apresentamos’, da nossa conduta e postura, é um misto da influência
do meio/sociedade atual e do que carregamos na alma.
Lembro-me
de um ocorrido onde:
“Duas pessoas se
encaminhavam para uma fogueira na pretensão de permitirem-se à vibração do fogo
sagrado, quando uma delas simplesmente ‘travou’, sem conseguir dar mais um passo, não querendo chegar perto do
fogo.
Ao ser ‘amparada’ pelo
outro que lhe argumentava que ‘ficaria tudo bem’, ‘que não havia perigo nenhum
ali naquele momento’,
a pessoa que ‘travou’,
tendo uma regressão espontânea afirmou:
‘- Você já me disse isto!’
Relatando que “lembrava” de ambos sendo ‘encaminhados para uma fogueira com o propósito de se redimirem
dos seus pecados’, diante dos inquisidores (tendo a 'sensação do clima', do cheiro, do alvoroço e excitação dos envolvidos, revivendo tudo, toda a atmosfera), e que não suportou a ideia de ‘ser queimada ainda
com vida’, pedindo para morrer.
‘Assistindo’, em contrapartida, esta outra pessoa, que novamente
se encontrava ali, ao seu lado,
mesmo diante do ‘quadro emoldurado’ (fogo ardente) permanecer firme e tranquilo, dizendo:
“-Não adianta, vocês não vão me vencer!”, "Eu vou voltar!"
Diante
deste relato, você consegue absorver algum aprendizado?...
Consegue
perceber que, mesmo diante da mesma situação/fato, as reações são diferentes,
gerando, desta forma, efeitos/consequências totalmente distintos?...
Então
é fundamental detectarmos as influencias do externo (conceitos, regras, padrões...)
para minimizar seus efeitos,
mas
também é necessário que saibamos da existência da ‘influência da alma' em nossos passos,
para
podermos colocar a LUZ e a compreensão em suas questões (marcas, traumas...)
transmutando-as e dissipando suas ações/efeitos.
ArqueiroHur
Nota: a pessoa que 'encarou'/enfrentou a 'fogueira', mantendo-se fiel ao que vivenciava (ao seu SER e sua imortalidade), não criou um trauma, quanto ao fogo/fogueira a ser carregado em sua alma;
enquanto a que negou-Se, o fez, e suas consequências/efeitos apresentados conforme o exposto.
Sendo que nem sempre tudo 'se revela' de maneira tão clara como na situação relatada acima.
Em nosso dia a dia, é mais comum a apresentação da contrariedade, do medo, da rejeição, sem nenhuma clareza ou lucidez. Tudo acontecendo (reações) de forma mais canhestra, 'bruta' e ou até mesmo violenta, pois é a vibração da ignorância que ainda ali permanece e atua, não importando "em quando" tenha sido sua origem, se há 200, 400 ou 2000 anos.
E é desta vibração mais densa que temos de nos desvencilhar, não 'nos prendendo' em "quem efetuou" ou no "quando/como".
Ou seja, não nos atendo em 'detalhes' ou revanchismos.
Não é porque fui "assaltado na rua" ou "traído por alguém", que vou agora, roubar ou trair a quem aparecer na minha frente. Tenho sim é de me manter atento e consciente 'dos estados humanos' para não me permitir à sua vibração.