-Sei que algumas pessoas sairiam correndo com a pedra e levariam-na ao joalheiro mais próximo, mas grande parte das pessoas ignoraria o estranho e desconsideraria o presente, por não acreditar que, do nada, pudesse cair em suas mãos tamanha riqueza.
Parece óbvio, mas não é.
Há muitas pessoas que reclamam da vida, mas que jamais se abrem a mudanças.
Muitas mesmo!
Sempre me pergunto o que Deus tem a ver com a desgraça alheia.
Acredito que sejamos responsáveis pelo que nos ocorre pelo simples fato de que somos semelhantes à Divindade.
E essa afirmação está na Bíblia e em muitos outros livros sagrados.
Ora, se somos centelhas divinas, por que haveríamos de estar destinados à tristeza e ao sofrimento?
Por que não somos capazes de, a qualquer momento, recriar nossa realidade?
Mas pra isso é preciso coragem para descartar o que não me serve mais. As amarras e os pactos, muitas vezes feitos através de crenças e valores que não nos trazem mais felicidade ou que não combinam com a nossa essência, são o grande impedimento para a conquista de novos e melhores dias.
Por que há dias em que olho pro céu e acho que tem algo errado comigo?
Nesses momentos, se eu conseguir me acalmar, vou perceber que há uma sombra que me distancia de mim mesma e saberei dissipá-la.
A sombra, assim como a luz, está em todos os lugares.
Ao percebê-la, tenho o poder de transmutá-la e de voltar a me conectar comigo mesma.
Mas e os presentes da vida?
Também descobri que preciso aprender a aceitá-los.
Por que desconfiar de presentes preciosos só porque chegaram inesperadamente e sem programação?
Muitas vezes, em função de muitas experiências e ensinamentos do passado, julgo-me inelegível ao que a vida me oferta e, sem perceber, rejeito o que recebo.
Muitas vezes, tenho medo da renovação, mas quando reconheço esse sentimento, posso enfrentá-lo com a confiança de que há no Universo presentes preciosos reservados, não só para mim, mas para todos que se acreditam merecedores.