Postagem original, em 05.08.2015
As certezas implantadas e ‘um pedido’/súplica
Ainda outro dia, numa conversa, eu expunha que
‘muitos não vieram para cá, encarnaram na Mãe Terra, apenas para cumprir uma
determinada missão, mesmo que seja de auxílio/limpeza de almas e personalidades
enfermas e ou recém desencarnadas, em outros planos’.
Procurava dar o entendimento de que há um
compromisso do SER com o Universo Evolutivo e que desta forma, este compromisso
era/é muito mais amplo, envolvendo a Mãe Terra e todos os outros reinos e
espécies que Ela acolheu sobre seu solo. Não sendo restrito à espécie humana,
muito menos ofertado/direcionado somente a alguns do convívio/conhecimento.
E que o Universo promovia ‘encontros entre
encarnados’ para que este entendimento pudesse ser percebido, a fim de
fortalecer a ‘corrente de LUZ/consciência’ neste plano/dimensão terreno, em
nosso dia a dia/comportamento...
Já estamos, ou deveríamos estar cientes de que:
Toda ação
gera uma reação,
e, obviamente que não foi diferente neste caso.
Assim, a explanação (tentativa de fornecer o
entendimento), gerou neste caso, uma ‘mexida’ no ego/alma, “sendo entendida”
pela personalidade que ‘recebia/ouvia’, como um ‘desconforto’, onde foi
solicitado:
“- Não me
faça chorar!... Não tire minhas certezas, pois são nelas que ainda encontro
forças.”
Não cabe, por parte de quem está se entregando
ao caminho do rever-se, nenhuma censura, crítica ou julgamento sobre esta
reação, mas tão somente procurar obter algum crescimento com ela, seja identificando-a
em si mesmo e ou no reconhecimento do nível/estágio do outro, respeitando-o.
Relembrando o orientação de Leonardo:
“...E o que nós podemos fazer?
Aceitar sua escolha? SIM!
Mas concordar com ela, não!
Busquem a minha LUZ,
Leonardo.”
Leonardo da Vinci, por Zé Mauro, em 18 de junho de 2011.
Pois, há uma distância enorme entre o aceitar e a concordância, já que esta
última, leva ao compactuar ou confrontar,
enquanto o aceitar parte da premissa
da não interferência/liberdade...
Então, vamos dar uma ‘parada’ para tentar
observar as nossas próprias reações diante do que contrarie as “certezas que
temos implantadas”.
Será que você ‘gosta’ de tê-las abaladas ou
expostas como frágeis, de ‘descobrir’ que ao que se entrega contraria o propósito
Divino?...
Por
outro lado, será que eu ou qualquer um outro, tem o poder
de ‘tirá-las de você’?...
A esta pergunta irei responder:
Não!
Ninguém, além de você, pode.
A Verdade se pronuncia, se revela em, de e para você e é você quem decide/escolhe aceita-la e acolhe-la ou
não.
Lembrei-me de uma percepção/observação feita por
uma pessoa, que já no caminho, teve com relação à Nietzsche. Pois, pelos seus
‘estudos acadêmicos’ e ‘orientação religiosa’, ele revelava-se, era dito e encarado
como o ‘anticristo’, pelas suas colocações em seus escritos, como em: “Assim
falava Zaratustra”, o que fazia com que ela nem chegasse perto dos seus escritos.
Mas que, ao se permitir ao caminho do rever-se, onde sua vibração/sintonia se
modificou, dispôs-se a lê-lo e encontrara a Verdade ali também;
desmistificando e destruindo a “certeza implantada” em sua personalidade.
Retornando um pouco à ‘reação da conversa’:
- Será que a tentativa de entendimento exposto foi ou é
tão agressiva que leve ao choro?...
- Se não o foi/é, o que levou a este sintoma de
‘choro depressivo’?...
Bom, nós já tivemos algumas orientações quanto a
isto, em textos como: “Quando a Alma
chora”, “Conheça-se para poder se
cuidar” e outros. Portanto, podemos entender como sendo fruto do embate
entre a Verdade Interior (que é
negada) e a “certeza implantada” que é o que se pratica e se segue.
Cabe, a quem procura se entregar ao caminho do
rever-se, aceitar o exemplo de Sócrates: “Só
sei que nada sei”, incorporando-o, para permitir que a Verdade Interior flua,
removendo as ‘certezas implantadas’.
ArqueiroHur