INFORME

Muitos devem estar se perguntando a razão de não ter havido aqui, nenhuma mensagem ou texto sobre a situação que a humanidade está vivenciando.

Muito simples: tudo o que foi aqui exposto e proposto, foi para que pudéssemos ter a condição e o equilíbrio de transpor, em comunhão com o Universo Evolutivo, toda e qualquer situação/momento. Sem se ater ou embrenhar por algum ponto e, voltados sempre para o TODO.

O que está chamando muito a atenção e incomodando mais(para muitos), é o fato desta situação estar atingindo a toda humanidade e somente a ela (com seus parentes, vizinhos, amigos, conhecidos, conterrâneos, parceiros, enfim...), independente da classe social, da cor, do credo e da localização geográfica.

Mas, a fome (nos quatro cantos do planeta), a violência e assassinatos diários, as guerras, os extermínios de animais inocentes, as agressões às florestas, aos oceanos, ao solo e ao ar (a toda Mãe Terra), sempre estiveram presentes no cotidiano humano. E, estas barbáries (matanças) se mantiveram sendo ignoradas ou mantidas em segundo plano pela grande maioria de nós; mesmo elas não diferindo em nada ao que a humanidade está experimentando, em termos de massacre/mortes. Então, por qual razão tudo agora deve ser voltado a este ponto específico?

Assim, tecer qualquer comentário sobre esta situação (de onde veio e para onde irá...; a cura surgirá como... e etc..), será negar a tudo o que aqui foi transmitido, caindo no campo da especulação e alimentando à ilusão/sombra.

No mais, cuidem da sua energia/vibração (atentando aos pensamentos e atitudes), como estão sendo orientados a cuidar da higiene pessoal.

Que o Poder e a Ordem Divina se façam presentes em nosso caminhar.

ArqueiroHur


sábado, 29 de agosto de 2020

Os disfarces II – comedimento

Postagem original, em 18.01.2014


Os disfarces II – comedimento

Se tudo possui uma vibração
(pensamento, palavra, atitude, ação...)
e a vibração da LUZ se sintoniza através da consciência:
quando o que se pratica não resulta em atitudes 
de consciência perenes, que fluem no dia a dia;
ao que estas práticas se vinculam, ao que “servem”
e em qual frequência atuam?...

Hoje, no mundo globalizado da informação,
o que não faltam são técnicas, práticas, “meios”
e “soluções externas” que nos prometem a "salvação/luz"
e resultam num “comedimento aparente”
(exposto por uma conduta medida,
por uma “fala serena” e envolvente,
por posturas/gestuais ensaiadas e repetidas exaustivamente).
Que atraem a muitos por não exigirem a responsabilidade sobre os passos, pensamentos e ações,
por não terem a necessidade da revisão ou da consciência.
Requerendo apenas a “doação de um tempinho”
para a realização/repetição da prática/técnica
e ou de uma “troca financeira” para o sucesso da empreitada.

Ou seja, relativamente tudo já está feito,
pois a lavagem cerebral/manipulação
assim já determinou/sacramentou.  
Mantendo o mental e o emocional sob controle,
tornando-os “cordeiros”, comedidos;
sem reagirem diante das situações
e como se já fossem/estivessem prontos e equilibrados,
sem terem nada mais a aprender, rever ou limpar.



"... Estamos na Sociedade meramente para indulgir*
em alguma  atividade exterior que é 
momentaneamente satisfatória?

É fácil demais satisfazer-nos com a atividade,
com o trabalho em algum departamento,
com o escrever, comparecer a reuniões e assim por diante.

Mas tal atividade não é suficiente para tornar alguém 
um Teósofo**.

A pergunta crucial é:
em meio a toda minha atividade, onde estou centrado?;
qual é minha condição interior enquanto atuo, falo, penso?

Afinal, há uma vida interna
ou minha atividade é iniciada e dirigida
desde a camada superficial de meu cérebro?

Para tornar-se cônscio do ímpeto interior,
dar a si mesmo à verdade,
é necessário fazer uma pausa em meio às atividades,
não uma mas muitas vezes.
Depois que a atividade exterior termina,
a pequena tagarelice do cérebro continua.
Deve-se ir além disso também, até a natureza interior.

Se se falhar aqui,
não se é realmente capaz de fazer o trabalho Teosófico***
do ponto de vista daquelas grandes forças
que dirigem o destino do homem rumo ao Bem...


... A fim de encontrar o centro interior,
de chegar um pouco mais perto da Realidade,
é necessário afastar-se das preocupações diárias.

Muitas pessoas sentem-se renovadas numa convenção ou conferência porque elas por um tempo,
puseram de lado suas pequenas tarefas, deveres
e responsabilidades diárias;
foram capazes de pôr “eles mesmos” de lado...


...Tal distanciamento de nós mesmos no tempo e no espaço
é necessário para alcançarmos o coração e o centro interior,
para descobrirmos como agir
e o que é que realmente queremos fazer.

Um tal não-envolvimento não é apático ou insensível,
mas um desapego necessário;
sem ele, não podemos ver nosso caminho ou agir retamente.
Se olhamos a vida com este “senso de distância”,
podemos ver muito mais do quadro total...

  
... Nós todos sabemos que a sabedoria é diferente do conhecimento
e dos processos do pensamento.

O pensamento pode influenciar o que fazemos numa ocasião particular,
mas a sabedoria produz uma transformação radical em nossa vida inteira.
Ela nos traz a uma profundidade onde não há mudança.

E se agimos a partir dessa profundidade, tudo é correto.

Portanto, num certo sentido, a reta ação não tem nada a ver com circunstâncias.
Quando calculamos os prós e os contras e pesamos suas possíveis consequências,
a ação que podemos tomar pode ser errada ou pode ser correta.

A ação infalível surge somente da profundeza em nós mesmos
onde a verdade pode ser descoberta...


...Nós tentamos compreender o homem e o universo
através de nossos estudos, investigação
e através da discussão com mente aberta,
não nos agarrando com muita certeza ao nosso conhecimento,
sempre compreendendo nossas limitações.

Mas é imensamente mais importante viver retamente****
e com isso trazer alguma coisa para o mundo,
o que não podemos fazer através de nenhum tipo de ensinamento verbal, através da mera propagação de conceitos.

Se cada um de nós é um estudante da sabedoria
que está a cada dia tentando transformar sua vida
através de uma maior compreensão,
suas palavras terão em si o brilho da sabedoria."

- Radha Burnier (The Theosophist, Outubro, 1984)-


Notas do Arqueiro:
*indulgir possui o sentido de: “se dar ao luxo”, da condescendência, da complacência.
**entender o “teósofo” como aquele que busca a Si, ao SER, a Evoluir e ao TODO;
aceitando e respeitando as Leis da Criação.
***“trabalho teosófico” = caminho do rever-se/SER
****“viver retamente” é o atuar com consciência, pelo SENTIR e em comunhão com o TODO.





O que pode suplantar a consciência?...
Alguma técnica ou prática pode substituir a consciência?...
  
Pode existir comedimento sem equilíbrio?
E o equilíbrio, existe sem consciência?...

Nada pode substituir ou suplantar a consciência.
É da consciência que brota o equilíbrio,
fruto da compreensão e aceitação das Leis da Criação 
e do processo em que nos encontramos aqui, encarnados.
E sem Ela, consciência, o que temos é a ilusão.


Cabe a cada um perceber as incoerências e contradições
nos seus atos e naquilo que lhe é apresentado,
desvendando ou não os disfarces,
reconhecendo/SENTINDO a vibração que vigora
e se sintonizar ou não;
definindo o rumo do seu caminhar.  

ArqueiroHur